É bem fácil de notar o desenvolvimento físico que a escalada gera nas pessoas após um certo tempo que elas iniciaram na prática e permanecem focadas nela. Mas há ainda outro tipo de desenvolvimento que não é tão explícito à primeira vista, mas que pode fazer uma grande diferença na vida de quem pratica escalada: o mental.

Pois é, o cérebro também é uma parte importante na escalada, e vamos explicar por quê:

Para além da resistência física e força, a escalada demanda outras habilidades mentais que podem ser desenvolvidas durante a prática, e com o tempo contribuírem para subidas mais fluidas e objetivas para os praticantes.

Veja algumas dessas habilidades que podem ser trabalhadas na escalada:

Concentração
Resolução de problemas
Percepção espacial
Reflexos
Paciência

A concentração é algo para começar qualquer subida, e deve ser mantida durante todo o percurso, para evitar erros e quedas.
Qualquer subida já é considerada um trabalho de resolução de problemas, onde é necessário pensar nas possibilidades de percursos e outras soluções ao longo dele.
A percepção espacial trabalha em conjunto com o corpo, para que os pés e mão encontrem as melhores agarras para cada situação.
Ter os reflexos em dia ajuda o escalador a se recuperar rapidamente de imprevistos.
E a paciência atua em momento de observação da área, de escuta do corpo e outros momentos mais sutis da escalada.

Algumas academias apresentam dinâmicas para ajudar no desenvolvimento desses aspectos mentais, como por exemplo utilizar agarras ou fitas coloridas para mostrar os diferentes caminhos possíveis em meio aos layouts de parede disponíveis, sendo esse um recurso bem aproveitado principalmente por iniciantes, mas que atendem a todos os níveis de praticantes.

Trabalhar esses aspectos mentais durante a escalada pode ser útil para além dos muros e das academias da prática, pois eles se mostram ferramentas muito positivas que podem auxiliar em diferentes atividades do cotidiano.